Medos x Fobias
O medo patologicamente irreal ou aumentado.
A neurose fóbica deriva especialmente de uma angústia que flutua na mente buscando algo para conectar-se. Quando consegue, desenvolve um processo de temor patológico capaz de produzir repulsas muito específicas. Em outras palavras é um sentimento doloroso, não originalmente ligado ao objeto fóbico, mas sim deslocado para este que não teria tamanho valor caso não fosse um evento paralelo, interno ou externo.
A tentativa da mente é expulsar para fora algo assustador, buscando se livrar da angústia projetando para um objeto externo. O problema é que esse objeto externo passa a ser um perseguidor e passa a ameaçar o indivíduo de fora para dentro.
Diferente do episódio de pânico que sempre ocorre uma paralisação, no processo de fobias normalmente, como o objeto está identificado, é startado um processo de luta ou fuga (99% fuga). Sobe a adrenalina, músculos irrigados, pupila dilatada, estado de alerta e olhos no objeto fóbico. Pode ser um pássaro, gato, lagartixa, palhaços, altura, escuro, etc. Fobia de animais é o mais comum.
Dependendo do processo fóbico, pode haver sim uma paralisação corporal, por exemplo: se uma pessoa com fobia de altura, precisa atravessar uma ponte para se salvar. Ela pode travar antes, durante ou depois, ficando imóvel até no meio da ponte sem conseguir agir. Mesmo assim é um processo diferente das crises de pânico.
Com psicoterapia, em diferentes abordagens, seja comportamental ou com base na psicanálise, o importante é que haja foco nos sintomas e nas causas originais. Como já dito, os sintomas são muito desagradáveis e causam prejuízo social e afetivo, por isso precisam ser minimizados para que o tratamento psicoterapêutico seja sustentável. Da mesma maneira, trabalhar apenas os sintomas não evitará que os mesmos (ou outros) voltem em um futuro próximo.
Marcelo Comparin – Psicólogo
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