Marcelo Comparin

O Transtorno Bipolar do Humor é um termo um pouco moderno. Já foi considerado uma psicose, já foi diagnosticada como intratável e atualmente ‘todo mundo é bipolar”. Da mesma maneira que se diagnosticam viroses, recentemente iniciou-se um razoável aumento dos casos diagnosticados como transtorno bipolar do humor. Todos temos oscilação de humor, alguns mais, alguns menos. Ora mais entristecido. ora mais eufórico. São dois polos que podem estar associados à esta patologia, onde evidentes prejuízos na vida social, amorosa e/ou profissional ocorrem por conta da oscilação patológica.

A principal característica do transtorno bipolar, além da oscilação, é o fato do período de euforia funcionar como fator negador do núcleo depressivo do indivíduo. Neste período de euforia, existe uma tentativa psíquica de negar a existência de sentimentos depressivos, agindo “como se nada tivesse acontecido”. Sentindo uma felicidade extrema, explosiva, reparadora consigo e com os outros, até que o polo entristecido assuma novamente, o que pode ocorrer em questão horas.

Quando deprimido, age como tal, com todos os sintomas descritos na página na página sobre depressão. No período de euforia, compra, gasta, corre, ama, doa, trabalha, com muita intensidade, como se tudo estivesse resolvido internamente e externamente. Ocorre que isso essa sensação é de fato sentido pela pessoa, não é simulação. A energia da mania é real e é como uma reação interna contrária ao processo depressivo.

Esse transtorno possui tratamento e é possível ter uma vida com mais equilíbrio com polos menos oscilantes e agudos.